Em entrevista ao Intercept Brasil, Maira Scavuzzi (@maira_scavuzzi) expõe o crescimento da agiotagem nas redes sociais e o impacto devastador que a prática gera. Ela destaca a facilidade com que agiotas se instalam nas plataformas digitais, que têm sido o cenário propício para a expansão descontrolada dessa atividade criminosa.
A especialista explica que as redes sociais, inicialmente vistas como espaços puramente privados, hoje são o lugar de preferência para o exercício de direitos fundamentais (ex. liberdade de expressão) e o cometimento de crimes, como calúnias, ameaças e a agiotagem. “A criminalidade, oportunística como é, viu aí uma chance de se renovar e se expandir: agiotas conseguem se instalar e se disseminar muito mais facilmente do que jamais conseguiriam no mundo físico, com muito menos risco, já que, na realidade virtual, a fiscalização e a repreensão são mais difíceis”, afirma.
Além disso, com o advento das bets e dos jogos do tigrinho, a situação se agravou, pois muitas vítimas buscam empréstimos para cobrir as perdas financeiras experimentadas, caindo nas mãos de agiotas.
A advogada alerta para a falta de ação rápida das autoridades, o que contribui para a propagação desses crimes e cria uma lacuna entre a criminalidade real e a criminalidade estatística, conhecida como “cifra/zona obscura”. “No cenário pulverizado das redes sociais, é difícil reprimir todas as condutas ilegais expostas”, conclui.
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